VILA ECOLÓGICA
O projeto PopulAção, da brasileira Laís Lucca, foi um dos vencedores da Competição de Empreendedorismo Jovem Cidadão, em que participaram mais de 2 mil pessoas de todo o mundo, informa a ONU News.
A iniciativa tem o apoio da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A agência diz que recebeu candidaturas de 109 países “com ideias criativas e inovadoras para melhorar a vida de comunidades e pessoas.”
Em entrevista à ONU News, Laís Lucca disse que o prêmio dá “visibilidade internacional” e que também é “um sinal de que a ideia tem potencial de implementação.”
O projeto pretende construir vilas ecológicas onde sejam oferecidos programas educativos que estimulem o empreendedorismo. A ideia é dar poder às minorias sociais em situação de pobreza, como moradores que vivem nas ruas.
“O projeto consiste em resgatar e encarreirar pessoas com vulnerabilidade social, minorias sociais excluídas. Oferecer um espaço onde eles tenham possibilidade de renda, onde tenham moradia, sem ser assistencialista.”
A iniciativa foi escolhida pela contribuição que pode ter para o ODS número 12, sobre comunidades e cidades sustentáveis. Laís Lucca gostaria de avançar com a construção em um prazo de dois a três anos.
Localização
A primeira vila será construída em um local estratégico, com impacto ambiental mínimo e onde seja possível o uso de energias renováveis. O projeto tem uma parceria com a Fundação AMA Brasil, que irá fornecer terrenos e parte dos recursos, mas ainda são necessários outros apoios.
“Para ele se tornar realidade, precisamos de um investimento para a construção. Já existem empresas que investem em comunidades destinadas a população de baixa renda, tem até um modelo no Ceará em que as parcelas são em torno de 300 reais,. O Brasil também tem um modelo do governo que se chama Minha Casa Minha Vida, empreendimentos com parcelas bem baixas.”
Segundo a empreendedora, a diferença do seu projeto é que o espaço vai oferecer uma fonte de renda, como permacultura e gastronomia. Laís explica que, dessa forma, as pessoas “poderão ter uma renda própria para pagar as parcelas da sua casa e ter um sentimento de pertencimento.”